Em que ultimamente temos fundado nossa percepção, do que querer ou pensar? Será que as regras e princípios que até então usávamos como “bússola” para nos nortear ao que diz respeito a princípios e opinião, sofreu alguma alteração? Será que nossos pensamentos têm sofrido influencia dos meios os quais lidamos dia-a-dia?
Viver em meio tantas discriminações tem sido a luta diária daqueles que até então não corresponde aos padrões elaborados por um “alguém ou grupo muito maldoso”, que usou de sua brincadeira para prejudicar aqueles que desejam intensamente serem livres dessas taxativas, serem livres dessas exclusões, que tem limitado suas ações, tem decapitado seus sonhos e desejos, estas pessoas consideradas “Os diferentes”, por serem acima do peso, tem sofrido com a exclusão do mercado de trabalho, a falta de acesso em alguns lugares públicos e privados, e até mesmo a rejeição do sexo oposto, que por muitas vezes pode até estimá-lo (a), mas nega tal afeição para assim também não ser julgado por tais padrões.
Esse padrão não deseja curvas, inteligência e muito menos senso critico, esse padrão produz alienação, discriminação e desigualdade, acaba com esperança e separam casais, á principio pensar dessa forma possa ser um tanto quanto exagerado, todavia usar de tais palavras sem entender tal realidade, é brincar de adivinhar, no qual o alvo é um ser tão propicio ao magoar-se quanto qualquer outro individuo dessa sociedade, tão sensível e humano quanto qualquer outro, por conseguinte taxá-lo como “O Diferente” é excluí-lo de toda perspectiva do que é viver uma vida normal, é limitar seus passo e sonhos. E ao observamos nosso dia-a-dia é tão fácil perceber essas inúmeras formas de preconceitos, que se tornou natural, por conseguinte grande parte das vezes nem percebemos e compactuamos com cada gesto e palavra intolerante.
Há alguns dias atrás pude presenciar uma dessas cenas dentro do transporte público, o qual um grupo de adolescentes ao avistar uma jovem obesa na rua, começou com as piadinhas de um punho totalmente preconceituoso, naquele momento me enchi de uma ira um tanto quanto aguda, contudo me detive a pensar o porquê de toda essa discriminação e insensibilidade, por isso me levei a questionar e entender que esse modo de agir e pensar veio de um convívio, de um “Padrão” de pensamentos o qual orientou aqueles adolescentes a agirem dessa forma, o qual nos tem
Orientado a olhar esse tipo de pessoa com desprezo e intolerância, me levei a entender que nossa bussola que outrora nos levara a um senso um quanto mais sensível e compreensível há muito tempo havia se corrompido em meio à ditadura da beleza, do individualismo, do “O Problema” não é meu, e por isso condizemos com todas as formas de discriminação não somente por seu padrão físico, mais também por sua posição social, a cor de sua pele, sua orientação sexual, e sua forma de agir mediante ao pensar coletivo.
Em pleno século vinte e um, pensarmos tão limitadamente nos leva a ter um grande retrocesso ao que diz respeito a evolução, pois o que acredito e penso ser evolução, e viver em uma sociedade de respeito, e oportunidades, creio que evolução existe para que possamos aprender com nossos erros e assim nos concertarmos para que haja maior crescimento, contudo estamos vivendo em um momento de cegueira moral o qual nos impedimos de perceber o mal que fazemos aqueles que esta ao nosso redor e a nós mesmo, pois por mais que acreditarmos que pensar de tal forma nos faz superior a alguém, mais nos enganamos, pois a cada seta lançada contra a alguém, existem outras milhares sendo lançada contra nós, motivos hoje não precisa existir, pois já virou o hobby do homem contemporâneo o julgar alheio o “apontar de dedo”, pois é divertido é prazeroso usar os defeitos dos outros para cobrir nossos próprios.